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Última gravação de Nana Caymmi, lançada há um ano, reuniu a cantora com Renato Braz e Cristovão Bastos

Nana Caymmi (1941 – 2025) gravou a balada ‘A lua e eu’ na própria casa, a convite do cantor Renato Braz Lívio Campos / Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ Em ...

Última gravação de Nana Caymmi, lançada há um ano, reuniu a cantora com Renato Braz e Cristovão Bastos
Última gravação de Nana Caymmi, lançada há um ano, reuniu a cantora com Renato Braz e Cristovão Bastos (Foto: Reprodução)

Nana Caymmi (1941 – 2025) gravou a balada ‘A lua e eu’ na própria casa, a convite do cantor Renato Braz Lívio Campos / Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ Em 29 de abril de 2024, dia do 83º aniversário de Nana Caymmi (1941 – 2025), quem ganhou presente foram os admiradores dessa grande cantora carioca que morreu no início da noite de ontem, 1º de maio, dois dias após completar 84 anos. Naquela data, foi lançada a gravação que se tornaria o derradeiro registro fonográfico de Nana. O single A lua e eu juntou Nana com o cantor Renato Braz e com o pianista Cristovão Bastos. Trata-se da primeira amostra do ainda inédito álbum Canário do reino, idealizado por Renato Braz para celebrar o legado de Tim Maia (1942 – 1998). Nana já havia se aposentado dos palcos e dos estúdios, tendo lançado o último álbum em 2020, mas o cantor cismou que queria que ela participasse do tributo a Tim. Braz tanto insistiu que Nana aceitou. Mas registrou a participação em casa, com unidade móvel de gravação e com o toque do piano de Cristovão Bastos, músico já habituado a tocar com Nana. A música, escolhida pela própria Nana, foi A lua e eu, balada soul composta por Cassino (1943 – 2021) com Paulo Zdanowski (1954 – 2023) e lançada em 1975 na voz do próprio Cassiano. A cantora já havia gravado A lua e eu no álbum Nana (1988). Tim Maia, a rigor, nunca gravou A lua e eu, mas teve o primeiro álbum arranjado por Cassiano. Para ajustar a música ao conceito do álbum Canário do reino, Renato Braz abre a gravação com o canto de Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970) – um dos primeiros grandes sucessos de Tim – em introdução que ocupa os primeiros 40 segundos do fonograma. Os dois minutos restantes do single A lua e eu são dominados pela voz de Nana, que canta a balada de Cassiano com alma serena. Somente ao final Braz reaparece na faixa para arrematar essa bonita gravação que, lançada há um ano, acabou se tornando o canto de cisne da imortal Nana Caymmi. Capa do single ‘A lua e eu’ (2024), de Renato Braz e Nana Caymmi com Cristovão Bastos Divulgação